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Eles Vivem (They Live, 1988)

They Live é uma daquelas pérolas realizada pelo grande mestre do terror John Carpenter, que pega em ficção cientifica, comédia e porrada, mete tudo numa batedeira e mistura até sair um filme com muito sabor a anos 80 e alguns momentos memoráveis.

 John Nada é um vagabundo, um homem de poucas posses e interesses não materialistas (até o seu apelido transmite a sua simplicidade) que chega a Los Angeles, aceita um trabalho nas obras e insere-se numa comunidade humilde e pacifica que vive longe dos interesses capitalistas do resto da cidade. Um dia John descobre, no seio da comunidade, um par de óculos de sol que lhe permitem ver que muitas pessoas ricas e poderosas são alienígenas e que estas escondem mensagens subliminares na publicidade que nos inunda diariamente a visão. Toca a John limpar o sebo aos aliens e desmascarar o seu sistema totalitário subliminar.

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Podia ser um banal filme de ação dos anos 80 com aliens assassinos, mas é muito mais do que isso. É uma muito bem executada sátira ao consumismo desenfreado presente na sociedade, cuja mensagem se mantém tão (ou mais) relevante nos dias. Encontra-se também recheado de fantásticos one-liners, efeitos especiais práticos que envelheceram bem e a presença de um carismático herói com uma gloriosa mullet.

Relativamente à cinematografia e prestações dos atores, tanto uma coisa como a outra são bastante simples e sem grandes destaques. Sente-se também que a narrativa sofre por vezes alterações de ritmo bruscas.

É um filme de culto e isso é facilmente comprovado pela sua influência e inúmeras referências na cultura popular. Alguns exemplos disso são a famosa linha de roupa “OBEY” (aquela que os chungas adoram) ser baseada na propaganda subliminar dos aliens e a famosa one-liner do vídeo acima já ter sido referenciada na saga de videojogos Duke Nuken e por Al Pacino e Christopher Walken no filme Stand Up Guys.

Se querem ver uma simples mas divertida sátira ao consumismo e capitalismo, não vão mais longe. Podem sempre ver só para dizer que são conhecedores de obras cinematográficas de culto, fica sempre bem no currículo.

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