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Empire – 1ª Temporada

Empire não é uma série como as outras. Como o nome indica, é uma série cheia de dourados e jogos de poder.
Criada por Lee Daniels (já o devemos conhecer de filmes como O Mordomo, ou Precious) e co-criado por Danny Stron (também d’O Mordomo e de Hunger Games), é uma lufada de ar-fresco na TV americana.

A essência é a música – produzida e escrita maioritariamente por Timbaland -, que ainda assim consegue conter um enredo cativante, de poder, ambição e dramas familiares.

Há quem diga que esta é a continuação do filme Hustle & Flow o que, para quem viu o filme, consegue fazer algum sentido.

O que torna esta série especial? O enredo negro, que não é demasiado estereotipado, como costuma ser comum com cast/personagens afro-americanas. Não existem os maneirismos típicos, embora os que existam sejam puramente para a parte cómica da série.

Os personagens também não soam a artificiais, antes pelo contrário, e a química entre todos os atores é visível no ecrã – especialmente entre os personagens principais Terrence Howard e Taraji P. Henson, que já contracenaram juntos em Hustle & Flow. Tudo isto já contribuiu bastante para esta ser uma das séries mais vistas do ano.

O plot gira à volta de Lucious Lyon (Howard), diretor-fundador da empresa musical Empire, que descobre que tem ELA (esclerose lateral amiotrófica), que lhe dá poucos anos de vida, e da sua ex-mulher, Cookie Lyon (Henson) que saiu recentemente da prisão e pretende reclamar parte da empresa para si, assim como recuperar o amor dos três filhos, que não via há 17 anos.

Existe também uma rivalidade forte entres os três irmãos, criada por Lucious, para saber qual deles fica com a empresa depois da sua morte. Andre, o irmão mais velho, é quem tem mais estudos e quem ajuda Lucious nas decisões sobre a empresa; Jamal, o irmão do meio, é o melhor cantor e músico dos três, mas é homossexual, o que é um grande problema para Lucious, que não aceita a sexualidade do filho. O filho mais novo, Hakeem, é o predileto para a direção da Empire, uma vez que se adequa à maior parte dos músicos que a empresa representa: rappers.

Empire tem exatamente o que devia ter: ritmo. É uma série feita para entreter e cumpre exatamente isso. A isso junta-se músicas que têm muito para ser hits e puf: assim se faz um êxito de TV.

Não é nenhum Breaking Bad (nem poderia), mas não foi isso que se pediu.

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