Destaques do Mês
  • The Conjuring 2 – A Evocação
  • Sugestão para Domingo à Tarde #36: Out of Africa (Sydney Pollack, 1985)
  • A Rainha do Deserto (Queen of the Desert, 2015)
Data
23 August 2016
Poster - Casablanca_13

Filmes da Minha Vida – Casablanca (1942)

Casablanca (1942), de Michael Curtiz

É só mais uma história de amor em tempos de guerra. É só mais um filme com nazis. É só o melhor filme de sempre.

Humphrey Bogart e Ingrid Bergman são Rick e Ilsa, um casal que se apaixona em Paris e que se separa apesar de ter planeado fugir para Casablanca, quando a cidade é invadida pelos alemães. Pormenor: Ilsa era casada e Rick não sabia. Junta-se a este romance, um enredo político envolvendo nazis (pois, claro), Laszlo (o marido de Ilsa, checo e chefe da Resistência), o Capitão Renault (chefe da Polícia de Casablanca) e os próprios Rick e Ilsa. Se o fim não fosse já do conhecimento geral, de tão clássico que é, até se poderia dizer que é surpreendente.

Além da história, o filme vale pelas suas personagens: pela frieza de Rick, que esconde um coração de ouro; pela nobreza de Laszlo, capaz de salvar o mundo; pelo amor desmedido de Ilsa; pelo sarcasmo de Renault; pela música do pianista Sam.

Só entre as citações e as músicas, já merecia todos os louvores. Como podem ver em quase todas as listas do género, é dos filmes mais citáveis de sempre. “Louis, I think this is the beginning of a beautiful friendship”, “We will always have Paris” ou “Here’s looking at you, kid”? Sim, são daqui. “Play it again, Sam”? Também. Quer dizer, nunca é dito de facto “Play it again, Sam”, mas de alguma maneira tornou-se a frase mais icónica do filme. Até deu título a um filme de Woody Allen. Além dos chavões, há diálogos inteiros que são autênticas filosofias de vida, mas extensos demais para citar regularmente. Das músicas, brilham As Time Goes By, que acompanha o tenso reencontro de Rick e Ilsa (com o marido dela presente, é épico), e La Marseillaise, o hino francês, cantado contra os oficiais do Terceiro Reich, como símbolo de esperança.

Dou-vos 10 motivos para o verem. (Confesso, já o vi pelo menos uma vez por cada uma destas razões)

  1. Por gostarem de cinema. É bastante simples, se gostam de filmes, vejam o Casablanca
  2. Por estarem tristes; hei, há boas pessoas, que fazem a coisa certa nas circunstâncias erradas, que cantam o hino com alma, que têm piada, princípios e/ou sentimentos, uma injeção disso ajuda qualquer neura
  3. Por estarem felizes; a grandiosidade do filme combina bem com a felicidade
  4. Por estarem apaixonados e gostarem da ilusão de gostar como o Rick gosta da Ilsa
  5. Por o poderem ver no cinema; é mágico ver grandes filmes em grandes ecrãs (Foi a melhor maneira que arranjei de contar que aproveitei quando passou nos cinemas UCI, o ano passado)
  6. Para perceberem as constantes referências, em 300 filmes, séries e músicas (When Harry Met Sally, The Vampire Diaries, … Bem, é só ver a lista no IMDB)
  7. Por ser o filme preferido da Lorelai Gilmore, que é só a personagem fictícia mais espetacular da televisão; Gilmore Girls (2000-2007), vamos fingir que ninguém precisou deste esclarecimento
  8. Só porque sim, só porque vos apetece, só porque estão para aí virados
  9. Quando têm saudades; há dias em que faz falta um bocadinho de Casablanca, é como voltar a casa
  10. Por estar a dar na televisão; não se pode passar por um canal que está a dar Casablanca e não parar imediatamente!

Há mais motivos. Com o número astronómico de vezes que já vi o filme, é bom que haja mais motivos, mas de certeza que com estes já ninguém tem desculpa para não ver.

We will always have Casablanca

CARTEL-CASA-BLANCA