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X-Men: Apocalipse (X-Men: Apocalypse, 2016)

Bryan Singer está de volta. Mas não ao estilo “Os suspeitos do Costume”. Singer está de volta ao seu cunho “Super-man Returns”. Felizmente para ele, a tecnologia evoluiu e as pessoas podem-se esquecer que, no cinema, a história importa.

No seguimento da franquia, e depois de um bem-sucedido Days of Future Past, que se seguiu ao qualitativamente superior (o melhor da saga), X: First Class (de Matthew Vaugh), Singer traz-nos o Apocalipse.

Estamos em meados dos anos 80 e um demónio qualquer é acordado (numa sequência de fogos de artificio ao estilo feira popular), e está com vontade de ser traquina. Depois, sem grande explicação (seguindo a BD), e sem desenvolver os personagens, este monstrengo (interpretado por Oscar Isaac) recruta 3 outcasts – Psylocke (Olivia Munn), Angel (Ben Hardy), e Ororo/ Storm (Alexandra Shipp) e o Magneto (Mchael Fassbender). Este último acabadinho de sofrer um desastre familiar, o que lhe intensificou os problemas de raiva (para isso, não há metal que aguente).

Objetivo: Simples! Destruir (no geral).

Do outro lado temos uma mescla de personagens dos dois filmes antecessores. 3 minions: o futuro Cyclops (Tye Sheridan), futura Jean (Sophie Turner da Guerra dos Tronos), e futuro Nightcrawler (Kodi Smit-McPhee). Depois, anda para lá a Jennifer Lawrence, e o cool Quicksilver – Evan Peters – a voltar a roubar uma cena (mas desta vez com menos impacto, porque já se tinha visto na obra anterior). Claro, o professor Xavier também lá anda, interpretado por James McAvoy.

Não referi todos, porque só de referir estes, desenvolvi tendinite nos dedos. Isto é demais, tudo é demais nesta obra. Só o argumento é que é de menos.

No final do filme vamos sentir-nos que nem uma bulímica: Comemos, comemos, mas a seguir não fica nada no estomâgo. Em X-men não fica nada, apenas se podem apreciar os momentos de mestria nos efeitos visuais. Se não lesse os créditos, diria que tinha sido realizado pelo Michael Bay.

Pior que um mau filme, é um mau sintoma. Isto não é só arte mal conseguida, é um sinal dos tempos. “Bum Bum Bum Catrau”, para gáudio dos nossos olhos, e eco na nossa cabeça ventosa.