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  • A Rainha do Deserto (Queen of the Desert, 2015)
Data
27 August 2016
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Xena: A Princesa Guerreira (1995-2001)

Xena: A Princesa Guerreira foi uma série neozelandesa que durou entre 1995 a 2001. Em Portugal passava na Sic, nas tardes de fim-de-semana, tendo sido um sucesso de audiências. Aliás, foi esse sucesso de audiências que a tornou mundialmente famosa, tendo sido transmitida em mais de 109 países. Criada por Robert G. Tapert e John Schulian, Xena começou por ser uma personagem de uma outra série, Hercules: The Legendary Journeys. No entanto, a personagem fez tanto sucesso com o público que, em vez de a matarem, deram-lhe um programa. Programa esse que ficou em 10º lugar no top da TV Guide das melhores séries de culto de sempre. Aliás, fez tanto sucesso que acabou por gerar toda uma panóplia de merchandising: desde figuras de ação com decotes proeminentes, até a livros de banda-desenhada e videojogos.

Por favor, não confundam esta Xena, com a Sheena – a série de 2000 com Gena Lee Nolin – as únicas coisas que as duas tinham em comum, eram duas salientes “personalidades”.

Não confundam. Nós vamos falar da série da menina do lado direito.

Não confundam. Nós vamos falar da série da menina do lado direito.

A história centrava-se em Xena, uma guerreira da Grécia que, antes de ser boazinha, era uma assassina fria e calculista. Entretanto, e misturando muita mitologia aldrabada, decidiu fazer o bem e ajudar o próximo. Para isso, contava com a sua fiel e inseparável amiga, Gabrielle. Para além de ajudar o próximo, era também necessário derrotar todo e qualquer adversário que se dispunha à sua frente. Como cada episódio parecia ter um “mauzão” diferente, não são assim tantos os personagens recorrentes. Porém, um dos arqui-inimigos de Xena era Júlio César. No passado eram aliados, mas entretanto ela deve ter enervado mesmo o rapaz, porque ele acabou por mandá-la queimar viva. Feito que, obviamente, não conseguiu, se não estaríamos perante uma série completamente diferente: Xena: A princesa chamuscada. Como personagem recorrente, existia Joxer, um aliado de Xena e Gabrielle, que surge ainda na primeira temporada, fazendo um papel de desconchavado guerreiro, funcionando como uma espécie personagem cómica da série.

Para o papel de protagonista (curiosamente nem foi a primeira opção) tínhamos a bela atriz neozelandesa, Lucy Lawless. Lucy é uma estrela de culto no país dela, tendo sido galardoada em 2004 com a ordem de mérito, por parte da rainha da Nova Zelândia. Para além disso, depois de começar a série, casou-se com o seu co-criador, Robert G. Tapert, casamento que manteve mesmo após o cancelamento de Xena (isto para aqueles que achavam que eram só cunhas).

Em termos profissionais, Lucy destaca-se maioritariamente pelas séries em que entra. Para além de Xena, Lucy tinha uma participação recorrente na série de ficção científica, Battlestar Galactica (2006), tendo aparecido em 16 episódios com a sua personagem D’anna Biers. Também entrou na série Spartacus: Os Deuses da Arena (2011) e Spartacus (2012), com uma personagem bastante relevante: era Lucretia, a mulher (mais tarde viúva) de Quintus Batiatus, dono de uma escola de gladiadores de Capua.

No cinema, tem feito carreira em telefilmes e também fez algumas dobragens de filmes de animação, que foram diretamente para home-video, como Justice League: The New Frontier e Dragonlance: Dragons of Autumn Twilight.

Mais recentemente, em 2013, interpretou Caroline Platt na obra de Jane Campion, Margens do Paraíso, uma minissérie da BBC com Holly Hunter e Elizabeth Moss. Para além disso, vai tendo aparições frequentes na série da NBC, Parks and Recreations.

Aqui a poupar no tecido, em Xena.

Aqui a poupar no tecido, em Xena.

Em Parks and Recreations. Still got it.

Em Parks and Recreations. Still got it.

Quanto a Renée O’Connor, que interpretava Gabrielle, teve uma carreira ligeiramente diferente. Antes de Xena, a sua vida profisiional tinha sido baseada em anúncios de televisão (fez um para o McDonalds) e trabalhou também no Clube do Rato Mickey, em 1989. Porém, foi em Hércules e o Reino Perdido (1994) que ela chamou a atenção de Sam Raimi e Robert G. Tappert, que a chamaram para protagonizar Vingança Sem Rosto II: O Regresso de Durant (1995). Caindo nas boas graças de Tappert, acabou por entrar em Xena: A Princesa Guerreira, como ajudante e melhor amiga da protagonista (uma espécie de Robin, enquanto Xena era um Batman decotado).

Renée, uma americana que viveu na Nova Zelândia durante a época de rodagem de Xena, voltou ao seu país natal para abrir a sua própria produtora de filmes: ROC Pictures. Até agora já produziu três obras: a comédia romântica Diamonds and Guns (2008), que também protagonizou; realizou e escreveu a curta-metragem Words Unspoken (2010); e protagonizou Infinity(2011). Todos estes filmes foram diretamente para o mercado home-video, tendo sido bem recebidos pela crítica.

De resto, tem entrado em alguns filmes de série b, como o escabroso Bitch Slap (2009) – que também contava com a sua amiga Xena (Lucy Lawless), faziam as duas de freiras. O argumento envolve três mulheres semi-nuas, com semi-automáticas nas mãos, a bater em tudo e em todos. Fiquem atentos, tem a premissa perfeita para ser esmiuçado pelo spoon em breve.

Fora da carreira de atriz, Reneé destaca-se também por ser uma aclamada dupla de cenas de ação e cinturão negro em Taekwondo.

A sidekick com as qualidades semelhantes de Xena.

A sidekick com as qualidades semelhantes de Xena.

Aqui, em 2013.

Aqui, em 2013.

Por fim, Ted Raimi, o Joxer da série. Bem, resumir a carreira dele é fácil: Ted Raimi é o irmão mais novo de Sam Raimi, o conhecido realizador de filmes de terror e de Spider-man (se bem que o terceiro filme da franquia mais parece um filme de terror, de tão mau que foi).

Sendo o irmão menos talentoso da família Raimi, Ted basicamente tem pequenos papéis em todos os filmes do mano. Normalmente nos créditos a sua personagem é tão relevante que nem direito a nome tem, só a profissão. Ele é o “professor”, o “doutor”, o “elemento cético da audiência” (esta foi a personagem dele em Oz: O Grande e Poderoso). Fazendo uma analogia com o futebol, ele é o irmão que ninguém conhece, mas que joga à bola, acabando por ser contratado numa espécie de pack “leve o talentoso e o tenebroso, pelo preço de um”. Enfim, que Sam Raimi o ajude!

Aqui na sua personagem em Xena.

Aqui na sua personagem em Xena.

Ele em 2013 (provavelmente o fato é do irmão).

Ele em 2013 (provavelmente o fato é do irmão).

 

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