Destaques do Mês
  • The Conjuring 2 – A Evocação
  • Sugestão para Domingo à Tarde #36: Out of Africa (Sydney Pollack, 1985)
  • A Rainha do Deserto (Queen of the Desert, 2015)
Data
24 August 2016
1

Antes que o Diabo Saiba que Morreste (Before The Devil Knows You’re Dead, 2007)

Antes que o Diabo Saiba que Morreste (finalmente um título corretamente traduzido para português) é o último filme do realizador veteraníssimo do cinema americano, Sidney Lumet – aquele rapazola que realizou assim só uns pequenos clássicos como 12 Angry Men (sobre o qual escrevemos aqui), Dog Day Afternoon e Serpico. Reúne um elenco que é o sonho molhado de qualquer apreciador de cinema. Phillip Seymour Hoffman, Marisa Tomei (grrauuuu), Albert Finney, Michal Shannon e Ethan Hawk.

2

Andy (Phillip Seymour Hoffman) é o executivo responsável pela componente financeira de uma empresa muito bem-sucedida. Quando a empresa se encontra prestes a sofrer uma auditoria, Andy apercebe-se que se encontra em maus lençóis devido ao desvio que tem praticado. De forma a resolver os seus problemas, decide convencer o seu irmão mais novo – também financeiramente irresponsável – Hank (Ethan Hawk) a assaltar a joalharia dos pais, para dividirem o lote. O assalto não corre da melhor forma e serve como motor para mover o enredo do filme.

A narrativa explora a disfuncionalidade de uma família e as repercussões que um pai rígido (Albert Finney) provoca nos seus descendentes. Desde problemas matrimoniais entre Frank e Gina (Marisa Tomei, grrauuuu mais uma vez), à falta de confiança e excesso de cobardia de Hank, entre outros.

3

As prestações são o que se espera de um elenco desta categoria. Quando Finney e Hoffman contracenam a tensão cheira-se no ar. Talvez devido ao magnânimo elenco, o filme quase cai na tentação de se tornar teatro mas consegue desprender-se dessa maldição relatando a história através de uma narrativa não linear. Esta segue a perspetiva de cada personagem, de forma não cronológica, sempre com a presença de uma fotografia cuidada e muito bem composta. A forma como a estrutura narrativa é apresentada assemelha-se a um Tarantino, com mais drama familiar e a palavra “Motherfucker” menos vezes proferida.

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