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O Soro Maléfico 2 (Bride of Re-Animator, 1989) – MOTELx

Fomos ao MOTELx ver o Bride of the Re-Animator e sobrevivemos para contar a história.

Bride of the Reanimaor, de 1989, ou Reanimator II, ou em português, O Soro Maléfico 2 é a sequela do filme de culto Re-Animator de 1985. Não vimos o primeiro elemento desta saga (já se encontra na lista de espera de pérolas para futuro visionamento) mas no que toca a filmes gore dos anos 80 sempre sentimos que a ordem cronológica não é importante, apenas devemos desligar o cérebro e deixar que o que presenciamos nos transporte para outra dimensão.

Visualizando o filme no MOTELx, tivemos a honra de ser presenteados com o realizador Brian Yuzna que fez uma breve apresentação do filme. O Sr. Yuzna realçou que quando fez o filme se divertiu imenso, que os anos 80 foram uma época louca com muita liberdade criativa no cinema do terror, e que esperava que nos divertíssemos a ver a sua obra. E sim, a sala, tal como ansiávamos, tresandava de forma nauseabunda a anos 80.
O Filme começa com um plano de uma cabeça decepada a pairar num fundo escuro proferindo palavras de vingança direcionadas a um tal Dr. West. Nesse momento percebemos que estávamos no sítio certo à hora certa.

Se isto não é uma introdução digna de festival de terror, não sei o que será.

Se isto não é uma introdução digna de festival de terror, não sei o que será.

A narrativa segue a investigação do demente Dr. Herbert West, que procura descobrir como utilizar um soro verde fluorescente para reanimar corpos. Na sua demanda, tenta adquirir partes de cadáveres para criar um ser humano, convencendo o Dr. Dan Cain a ajudá-lo. Convence-o com a promessa de reanimar um corpo com o coração da sua falecida amada. No desenrolar da ação o Dr. Cain apaixona-se por Francesca, uma mulher italiana que o faz pôr em causa a ética da investigação e experiências que está a praticar.

Os elementos cliché cinema trash dos anos 80 marcam todos presença. O cientista maluco, o herói com mau penteado, a gaja boa que apresenta o ocasional side boob, a constante estupefação dos personagens e as suas decisões questionáveis, amálgamas de membros humanos reanimados, prestações terríveis e muita risada. Estamos perante uma verdadeira obra de culto.

Tal como é previsível, e prenunciado pela cena supramencionada, as experiências reanimadas viram-se contra os seus criadores culminando num terceiro ato que tem tanto de sangrento como de ridículo.

Quero também destacar a personagem do Dr. West, protagonizado Jeffrey Combs numa prestação digna de Óscar de melhor overacting. Todos os atores no filme são terríveis, mas quem verdadeiramente transcende o mau, com inigualável expressividade e entrega de diálogos, é o caríssimo Dr. West.

O mundo era mais belo se todos os filmes tivessem o seu Dr. West.

O mundo era mais belo se todos os filmes tivessem o seu Dr. West.

É um filme bom? Não. Mas é um filme ótimo? Claro que sim. Pegando em elementos clássicos do Frankenstein unindo-os com aleatoriedade, humor e banda sonora claramente produzida nos anos 80, o filme providencia cerca de uma hora e meia muito bem passada. O Spoon recomenda a visualização com um grupo de amigos.

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