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Queer Lisboa, de 19 a 27 de Setembro no São Jorge

A 18.ª edição do Festival Internacional de Cinema Queer começou ontem (dia 19) e este ano apresenta-nos talvez a programação mais abrangente de sempre, sendo o resultado do desejo da organização de abrir este festival a um público mais alargado. A abertura deu-se esta sexta-feira com o filme brasileiro – escolhido para representar o país na categoria de melhor filme estrangeiro nos óscares – Hoje Eu Quero Voltar Sozinho.

Este festival de temática predominantemente Queer (bissexualidade, homossexualidade feminina e masculina, transgénero) vai estar ao longo dos próximos nove dias em Lisboa, propondo filmes e ciclos que transcendem em parte o universo “sair do armário”, típico em edições anteriores.

O encerramento, no sábado, 27, terá as honras do veterano brasileiro Bruno Barreto com Flores Raras, baseado numa história verídica que teve lugar no Brasil dos anos 1950, retratando um relacionamento lésbico: No elenco apresenta duas grandes atrizes: Glória Pires e a atriz australiana Miranda Otto.

A retrospectiva principal pertence a John Waters, um dos ícones do cinema independente americano. Um autor mais reconhecido por desafiar as convenções e gostar da componente choque, e não propriamente pelo toque Queer no seu cinema. Paralelamente, existirá o ciclo Queer Focus África. Aqui, o ponto alto será a exibição de um dos filmes-chave do cinema africano pós-colonial, Touki Bouki, do senegalês Djibril Diop Mambety, mais uma vez, não é bem um filme Queer.

Para além disso,  Looking (com crítica spoon), a série de comédia do canal HBO sobre as aventuras de três amigos gay em São Francisco, terá a estreia da segunda temporada no certame, em simultâneo com a TVSéries.

Longe de ser um festival de um só nicho, a edição deste ano promete “sair do armário” e mostrar bom cinema, fora de todas as conotações.

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