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Batman v Super-Homem: O Despertar da Justiça (Batman v Superman: Dawn of Justice, 2016)

Batman V Superman: O Despertar da Justiça é o novo filme de Zack Snyder, e a sequela de O Homem de Aço (2013). Algumas conclusões são de retirar: Ben Affleck é dos melhores do filme (nunca pensei dizer isto alguma vez); Jesse Eisenberg parece um Joker com menos maquilhagem; o Super-Homem continua sem a célebre “cueca vermelha”; e não suporto o Henry Cavill, que me faz sempre lembrar um escuteiro que teve “problemas” com o tio durante a infância.

Voltando ao filme, e após o sucesso de audiência no primeiro, Zack presenteia-nos com um Batman grisalho (Ben Affleck), já na casa dos 50, mas ainda com muita força. Infelizmente para Clark Kent (Henry Cavill), e por ação de Jesse Eisenberg, a relação entre o casal de super-heróis não funciona logo.

É importante dizer que para além disto, há uma história, mas a verdade é que isso não interessou nada ao realizador, apesar do argumento ser assinado por um conhecido do Batman, David S. Goyer (recorrente colaborador de Nolan na saga anterior de Batman).

A verdade é que a história é tão desligada que é logo lançada a toda velocidade para segundo plano, com direito a bocejos e alguns apupos. Assim, Zack, mais uma vez, como já tinha feito em 300, Watchmen e (no mega subvalorizado) Sucker Punch, aponta todas as suas forças para os efeitos especiais e virtuosismo visual. Conseguindo o seu objetivo com estrondo.

Efetivamente, as cenas de ação são estonteantes, de um realismo extremo, quase a justificar os muitos milhões investidos. A afamada luta entre os super-heróis é alucinante (literalmente). Infelizmente, em 2h30 de filme, as cenas mais interessantes são reservadas para os últimos 40/50 minutos, altura em que se abre a caixa de pandora e tudo acontece.

Para os fãs, sem querer revelar a preponderância da Wonder Woman na história, adiantamos que quando apareceu, mais parecia a Xena – A princesa Guerreira. Acaba por ser tão relevante quanto um chapéu-de-chuva num dia seco de verão.

Não obstante, é importante fazer a ressalva a história de Batman, essa talvez tenha algum potencial, e o personagem é o que mais desperta o interesse na obra, e muito devido a Affleck, que tem uma demonstração de contenção muito necessária para aqui. Porém, é Jesse Eisenberg que ganha com o seu Lex Luthor “Jokeriano”. A sua loucura, e os maneirismos fazem lembrar Heath Ledger em “Dark Night”, mas com menos bedum na cara. Pondo isso de parte, Jesse é soberbo na sua interpretação, e só não é mais, porque o papel não lhe pede.

No final temos uma história colada a “cuspo”, com a tendência hipermasculinizada de Snyder de dizer que ele é o “maior e mais virtuoso da aldeia”. Talvez não seja, mas a realização é muito “cool”. Assim sendo, esta Batman vs Superman não é a trampa que se anda para aí a falar. Enquanto Blockbuster, até tenta ir um pouco mis longe. É verdade que não consegue, mas também não é “Nolan” quem quer…

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