Uma Mente Brilhante (A Beautiful Mind, 2001)

Uma Mente Brilhante é um filme surpreendente que conta a história de John Nash, um matemático brilhante mas socialmente pouco adaptado.

A história começa com Nash a entrar em Princeton e é nesta etapa inicial da sua carreira que o espetador conhece as características que definem John: frieza, humor, introversão, ambição, génio, solidão. Com este conjunto inicial há um convite para se assistir ao desenvolvimento de John ao longo dos anos seguintes.

O filme surpreende porque, para o espetador sem expectativas, os twists são uma constante e desenrolam-se de uma forma completamente inesperada, enriquecendo naturalmente a narrativa e a complexidade da obra. Russel Crowe tem um dos seus melhores desempenhos aqui, mostrando aquilo de que realmente é capaz como ator, é também acompanhado na perfeição por Jennifer Connelly com quem partilha alguns dos momentos mais intensos e marcantes. Outro ponto forte inquestionável é a banda sonora que mantém um tom ominoso e imponente durante os 135 minutos.

Infelizmente, e apesar da grandiosidade intelectual desta obra, o que aqui falha é o sentido de direção. Apesar da qualidade do filme não é impensável que um espectador a carecer de um pouco mais de estimulação, clareza e objectivos fique algo aborrecido ao longo do desenrolar da trama. Principalmente porque o que se espera do filme ao início e aquilo em que se torna ao longo do tempo é completamente distinto.

Colherada Final
  • Russel Crowe
  • Mindfuckness
  • Poder de entretenimento

Veredito

Para fãs de Shutter Island este é o filme ideal. Apesar de ser um pouco surpreendente e não abundar na categoria de acção é bastante emocionante e mantém o espectador na ponta da cadeira. Esta é uma obra inteligente, bem realizada (por Ron Howard) e pensada na perfeição.

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