Need For Speed – O Filme (2014)

Eis a conversão para o grande ecrã da popular série de videojogos com o mesmo nome. Need For Speed chegou hoje a Portugal.

Tobey, mecânico proprietário da sua própria oficina e entusiasta de corridas ilegais, perde tudo quando se reencontra com o seu rival de infância e piloto profissional, Dino. Tobey é tramado e levado para a cadeia onde passa 2 anos a planear a sua vingança, saindo decidido a vingar-se de Dino, vencendo-o na corrida De Leon.

O primeiro grande projeto de Aaron Paul, após Breaking Bad, falha a mostrar-nos do que ele é capaz como ator: os diálogos são genéricos e o seu personagem é, à partida, superficial, caraterísticas infelizmente partilhadas com os outros personagens. Apesar disso, o elenco tem alguma química, graças à interação de Aaron com Imogen Poots, e mesmo sendo genéricos, os diálogos acabam por parecer naturais.

Outro ponto onde a obra falha é na gestão do tempo: em mais de duas horas de filme há cenas que se arrastam e outras perfeitamente dispensáveis.

O filme vence pelos aspetos mais refrescantes neste género de filmes: ao contrário de Velocidade Furiosa, as consequências do estilo de vida do piloto de corridas ilegais são apresentadas de forma mais credível, o que confere a NFS uma aparência mais autêntica. Outro detalhe interessante é a forma como conferiam a Tobey a capacidade de saber sempre as melhores vias para escapar à polícia e desviar-se de obstáculos mais ocultos. Este, em vez de ter plot armor, tem sempre um bro que viaja de veículo aéreo, funcionando de GPS que lhe diz como fugir da “bófia”.

Nos aspetos mais tradicionais, como os carros e as manobras perigosas, NFS tem um desempenho bastante aceitável, optando por dar mais importância a stunts do que a efeitos especiais.