Black Mass – Jogo Sujo (2015)

Johnny Depp não é um estranho nos papéis mais aleatórios de sempre. De maluco, a pirata (maluco), a um barbeiro, etc, Depp cumpre sempre com o prometido para uma personagem: vesti-la como se fosse a sua pele. E é mesmo a interpretação de Depp o ponto alto deste filme. Mas nem o mestre do disfarce salva um filme que tinha tudo para ser bom, só que não foi.

Baseado na história verídica de James ‘Whitey’ Burgler, Black Mass deveria ser um filme fundamentado em factos verídicos sobre um dos criminosos mais perigosos da América na década de 70, mas a história perde-se muito no foco da personagem principal e pouco mais. A história que fica por contar é muito grande, há factos que ficam a meio e sente-se uma atmosfera muito parecida à de Goodfellas sem tudo o que faz desse um filme excelente.

Burgler é um assassino que se torna informante do FBI para ambos deitarem abaixo a máfia italiana. Contudo, a parceria dá para o torto e, dessa forma, Jimmy consegue tornar-se num grande e perigoso gangster, apesar de nem sempre o mostrarem como o monstro que, supostamente, foi.
Na vida real, Burgler só foi apanhado e preso em 2011 e, segundo consta, não concorda com a visão que o filme tem dele.

No fundo, Black Mass desilude, mas não deixa de ser um filme para ver, nem que seja para, mais uma vez, apreciarmos a versatilidade de Johnny Depp. Talvez espreite uma nomeação a Oscar, mas acho que ainda não é desta.