Sugestões para Domingo à Tarde #34: Notting Hill (Roger Michell, 1999)
Hoje o Spoon volta às comédias românticas.Como prato principal de Domingo um dos mais sobejamente conhecidos filmes da reta final da década de 90: Notting Hill.
Hugh Grant e os seus grandes olhos azuis atingiriam aqui o apogeu e dar-lhe-iam a conotação de rei das comédias britânicas.
Julia Roberts foi sempre uma estrela, e aqui dava passos largos para vir a ser a atriz mais bem paga em Hollywood na primeira metade da última década.
Já Richard Curtis assinaria o argumento de mais uma pérola romântica britânica, já depois de “Quatro Casamentos e Um Funeral”, e a anteceder “O Amor Acontece” (2004).
Enquanto isso, “She” de Elvis Costello, e uma “When You Say Notting At All” de Ronan Keating atingiam o cimo das tabelas musicais, ao mesmo tempo que musicavam a narrativa.
A história é simples, Zé Ninguém de Zé nenhures (Hugh) encontra o amor nos braços da maior estrela de Hollywood da actualidade (Julia), que por acaso passava por ali. Depois uma sucessiva enxurrada de acontecimentos leva a encontros e desencontros – típico.
O que torna esta obra especial: os picantes diálogos, carregados de vernáculo e humor negro britânico. Ao que se junta um elenco de personagens secundárias que põem a “comédia”, dentro deste Romance, sendo que comédia romântica é uma expressão que assenta que nem uma luva neste filme.
Assim, para um Domingo relaxado (re)ver Notting Hill é fácil, não custa, não dói, e ainda garante meia dúzia de gargalhadas.
Quem vos escreve confessa-vos que já deve ter isto esta obra mais de 5 vezes, e não ficará por aqui.
Este é pois um dos derradeiros filmes “melhor que comer gelados para a dor de corno”.