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Life (2015), Anton Corbijn – Estreias da Semana (24/09)

Passados quase 60 anos da sua morte, James Dean continua a ser um ícone de uma geração e um dos nomes incontornáveis de Hollywood. O ator morreu com 24 anos, em 1956, num acidente de viação e, apesar de ter feito apenas três filmes, tornou-se um eterno símbolo de juventude e da inquietude característica dos jovens.

James Dean chegou a Hollywood no fim da época de grandes nomes como Humphrey Bogart ou Gary Cooper e da ditadura de Jack Warner da Warner Brothers. Juntamente com Marlon Brando marcou o início de um novo mundo, o mundo destes jovens com uma angústia interior, rebeldes sem causa e com coração de ouro. Ao contrário da de Brando, a carreira de James Dean só durou 2 anos (1955-1956) e resumiu-se a East of Eden (A Leste do Paraíso, Elia Kazan, 1955), Rebel Without a Cause (Fúria de Viver, Nicholas Ray) e Giant (Gigante, George Stevens, 1956). O seu carisma é intemporal e é a nota marcante de Life, a história da fotorreportagem que Dennis Stock fez sobre o ator em 1955, nos meses antes da sua impactante estreia, com East of Eden.

O realizador holandês Anton Corbijn dirige esta produção internacional, escrita por Luke Davies e protagonizada por Robert Pattinson e Dane DeHaan, como Dennis Stock e James Dean, respetivamente. O propósito de cada cena é contar a história das fotografias que Stock foi tirando enquanto acompanhava Dean em Los Angeles, Nova Iorque e Indiana, de onde era o ator. Nesse processo, conta-se também a história da relação entre estes dois artistas. Não se iludam, não é (só) uma biopic sobre James Dean.

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A fotografia mais famosa de James Dean, tirada na Times Sq, por Dennis Stock (1955)

DeHann, desconhecido do público geral, é uma boa escolha de casting. Apesar de no início se parecer mais com DiCaprio em The Basketball Diaries (1993), ao longo do filme capta a contradição entre melancolia e inocência que marcaram James Dean e convence-nos completamente. Robert Pattinson desempenha de forma exemplar uma personagem muito menos empática, a do fotógrafo Dennis Stock, que viu a magia de Dean e soube que era especial o suficiente para terem de investir antes de toda a gente o descobrir.

O filme tem um toque indie, apesar de não o ser. Por um lado, por ser uma produção com grande contributo europeu e, por outro, porque a energia do filme acaba por ser a energia verdadeiramente autêntica de James Dean. Faz com que valha a ida ao cinema, apesar de não ser um filme extraordinário. Se forem ao El Corte Inglês, podem ver à entrada as fotografias cuja história faz o filme e assim identificarão imediatamente todos os momentos-chave.

“Live fast, die young and leave a good-looking corpse” James Dean

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  • https://www.facebook.com/app_scoped_user_id/10153916003913332/ Rui Pedro

    Uma crítica bem escrita torna um filme aliciante. Fiquei com vontade de ver

    • https://www.facebook.com/cinespoons Dark Side of the Spoon

      a gerência agradece 😉

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