Mundo Jurássico (Jurassic World, 2015)
20 anos depois dos eventos de Jurassic Park, a ilha Nublar apresenta-nos agora um parque temático inteiramente dedicado a dinossauros tal como imaginado por John Hammond – Jurassic World. Aqui as pessoas podem ver espectáculos com dinossauros e até passear perto deles (embora tenham tornado estes ferozes animais numa espécie de pinguins do zoo, o eu interior de 5 anos começou logo a berrar Achelousaurus Alectrosaurus Albertaceratops Anchiceratops Archaeopteryx e outros nomes de dinossauros!). Depois de 10 anos de operação os lucros começam a diminuir e por isso é necessário reacender a chama.
Para isso uma equipa chefiada pela doutora Claire (Bryce Dallas Howard) avança com experiências genéticas com estes animais majestosos, com a finalidade de criar novas espécies. Obviamente, uma delas adquire inteligência para além do que era espectado, e por isso tornando-se uma grande ameaça para a existência humana.
A personagem de Dallas Howard é encarregue de sobrevisionar a apresentação da nova atração do parque – The Indominus Rex – um híbrido criado pelo geneticista Dr. Henry Wu (B.D. Wong). Suprise surprise; ele foge! Fica à responsabilidade de Owen Grady (Chris Pratt) trazê-lo de volta.
Colin Trevorrow e Derek Connolly, realizadores por detrás do êxito indie de 2012 Safety Not Guaranteed, co-escreveram este Jurassic World que flutua entre os melhores elementos dos predecessores parques! Existem frequentes referências aos antigos Parques Jurássicos através de certos set pieces e da utilização da música composta com por Michael Giacchino que se mistura bem com a de John Williams.
No entanto, ponde o filme falha, é no elemento humano. Os dinossauros parecem reais, as pessoas não.
Claire é um óbvio estereótipo (a sucedida mulher trabalhadora que é muito séria e de temperamento curto). Owen também encaixa perfeitamente numa espécie de macho à Indiana Jones. A relação amorosa dos dois, embora tenha os seus momentos, é um bocado oca.
Tantos outros são variações de arquétipos do filme original: desde Irrfan Khan (de Life of Pie), um excêntrico homem de negócios; Jake Johnson (de New Girl) que é o engraçado e gostável operador do parque Vic Hoskins (Vincent D’Onofrio), o empregado do parque cujas acções põem recorrentemente toda a gente em perigo.
O Jurassic World é uma grande e brilhante peça de entertenimento. Uma revitalização dos seus precessores que irá agradar, sem dúvida, os antigos fãs. Um blockbuster com bastante ação e humor. Tem mais dinossauros mas não recaptura a magia dos filmes de Spielberg.
Colherada Final
Veredito
O filme é bom no que toca ao aspeto visual e tem muitos mais (e mais reais) dinossauros. Não desilude quem gostou dos primeiros e irá de certeza alargar a família aficionada por dinossauros.
A lista de clichês é grande:
• No meio de um ataque de dinossauros voadores a mulher cientista salva o Indiana Jonas e eles beijam
• Há dois miúdos que fogem sem ninguém saber porque não querem saber das regras (#yolo) mas depois correm perigo
• Discursos sobre a importância de como ser um bom irmão e do valor da família
• ...
No entanto o filme satisfaz.