Insidious: Chapter 3 (2015)
Quando achamos que o Insidious já não tinha para onde ir e só poderia começar a decair, chega-nos o terceiro fascículo da série. Pode confirmar-se: à terceira é de vez.
Embora o primeiro filme tenha sido um rearranjo do Poltergeist (o original), conseguiu trazer de volta a creepiness tão esquecida no horror contemporâneo; James Wan mostrou à audiência o que têm andado a perder com filmes como rec e Anabelle. O formato funcionou, aliás, funcionou tão bem que arrecadou mais de 100 vezes o seu orçamento. Este sucesso lançou o nome de Wan, permitindo a existência de uma pérola do terror, The Conjuring.
A terceira instalação da saga, chega-nos pelas mãos de Leigh Whannell (que escreveu todos os filmes de Wan desde o Saw). Este recusa-se a tornar o filme num milking do dinheirinho do público. Apresenta-nos algo surpreendente, pela positiva.
O título, Insidious: chapter 3, devia ser, na verdade, Insidious: chapter -1 uma vez que serve de prequela para a série até então. Desta vez, Quinn (Stefanie Scott), que vive com o pai (Dermott Mulroney) e o irmão, é assombrada por uma entidade. Elise (Lin Sahye), a exorcista dos filmes anteriores vem, como sempre, salvar o dia.
A mesma coisa de sempre, uma casa assombrada, uma rapariga inocente também assombrada, uma velhinha do género ghostbuster e uma entidade que, na minha opinião, só precisaria de alguns abraços. Todavia, este filme não se contenta em ser mais um filme de terror: não há tempos mortos, cruzando entre cena de suspense e susto, sempre a abrir pela história. Se o jumpscare é expectável os momentos de tensão anteriores são louváveis. A luz é trabalhada de uma maneira incrível por Brian Pearson e Joseph Bishara e desde o início emerge no ambiente misterioso e lúgubre.
As personagens não têm grande profundidade mas já é o expectável do género. A “entidade” só é revelada no final e isso acrescenta a tensão.
Colherada Final
Veredito
Um filme que se afasta suficientemente dos anteriores para ser bom por si só mas não o suficiente para se sentir deslocado. O melhor até agora na história de Insidious. Uma prequela digna da saga e que promete pregar umas boas dúzias de sustos.