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The Princess Bride (1987)

Não se deixem enganar pelo título: este é possivelmente um dos filmes mais difíceis de se explicar a quem nunca ouviu falar nele. Tem momentos dramáticos sem ser um drama, tem momentos hilariantes sem ser uma comédia, tem momentos românticos sem ser um romance.

O filme é uma história dentro de uma história – um avô lê ao seu neto um livro enquanto ele está doente em casa. Como o avô diz:

The Grandson: Has it got any sports in it?

Grandpa: Are you kidding? Fencing, fighting, torture, revenge, giants, monsters, chases, escapes, true love, miracles…

Assim começamos a ouvir uma história que é de encantar e, por isso, ridícula. O próprio neto está um bocado contrariado. No entanto, há uma falta de ironia na narração que torna o conto hilariante: o ridículo é contado com a maior das seriedades e cheio de propósito e intenção.

Quando se tenta explicar este filme é tentador dizer tudo o que nele acontece, despejar todas as citações mais conhecidas – e se há filme citável é este. Também me sinto tentada a enumerar todas as personagens que aparecem (algumas durante um mero par de minutos) e que causam automaticamente impacto. Dou só um nome: Inigo Montoya, dono de uma das melhores histórias secundárias de um filme.

É verdade que se começa contrariado (ou pelo menos confuso), mas aos 15 minutos já se vai prestando atenção à luta de esgrima completamente espalhafatosa. Aos 50 minutos temos a mesma reação que o neto e toda a cena a partir dos 60 minutos é simplesmente épica. Quando se termina os 98 minutos do filma começa a fase de processar o que é que raio se acabou de ver.

Quem começou este artigo na esperança de perceber sobre o que é que é este filme peço as mais sinceras desculpas. Só há mesmo uma maneira de se conseguir isso.

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