Filmes de Domingo à tarde #5 – A Time to Kill (1996)
Há limites até onde um pai pode ir para defender os filhos? Provavelmente podem existir várias respostas para esta pergunta, mas a verdade é que este é um filme que pode fazer muito boa gente mudar de perspetiva.
Baseado num livro de John Grisham, a história fala-nos de um pai (Samuel L. Jackson) que, após descobrir que os dois homens que violaram a sua filha pequena foram ilibados, decide tomar a justiça nas suas próprias mãos. Bastante simples para dar um filme tão bom, não é? Se calhar é porque ainda não referi que esse pai é negro. Que esses homens eram brancos, do KKK. Que esta é uma América completamente racista.
Segue-se um julgamento injusto, parcial e muito muito racial. É um filme pesado para um domingo à tarde, mas é um filme essencial no repertório de qualquer pessoa.
Para ajudar temos, pela primeira vez, um Matthew McConaughey muito mais sério e maduro do que aquilo a que eles nos tinha habituado até então. O seu papel é crucial. Mas, sem Samuel L. Jackson o filme não teria sido a mesma coisa.
É um filme de emoções e é uma história emocionante. Os temas também ajudam: violação, homicídio, racismo e pena de morte na América.
O final, como não podia deixar de ser (é um filme de Joel Schumacher) é o culminar perfeito, que garante a McConaughey um dos melhores papéis da sua carreira inicial.
A ver.