SUGESTÕES PARA DOMINGO À TARDE #12 – 007 Casino Royale (2006)
O filme de 2006, Casino Royale, é indiscutivelmente o melhor de Daniel Craig enquanto Bond. Responde a vários dos meus queixumes em relação à série de já 45 anos. Não digo que seja o melhor bondiano, uma vez que Sean Connery já erguera essa bandeira há muito tempo atrás.
O Daniel Craig faz o Bond mais limpo, taciturno, menos obcecado por sexo e pouco importado sobre se o raio do Martini é shaken ou stirred. Não o faz o melhor Bond de todos os tempos, porque, como já disse, ninguém rouba o eterno lugar de Sean Connery, em filmes como You Only Live Twice, Goldfinger ou Thunderball, mas rivaliza bem com os seus precedentes. Craig traz nova e mais fresca dinâmica à personagem.
É um bom filme para se começar a ver a série, sendo o primeiro romance de Ian Flemming sobre a personagem.
Após interceptar um bombista em Madagáscar e outro em Miami, Bond sabota a operação de um banqueiro terrorista, Le Chiffre (Mads Mikkelsen). Este perdendo o dinheiro dos seus clientes, convida magnatas de todo o mundo para um grande jogo de Poker de alto risco no Casino Royale em Montenegro na esperança de recuperar a fortuna perdida. Armado com uma licença para matar, o agente secreto, embarca na sua primeira missão como 00 para derrubar toda a operação.
Como avaliar uma vaca pela sua habilidade de subir a árvores não faz sentido nenhum e só faz com que a vaca se sinta mal, o mesmo se aplica para filmes de James Bond; estes têm que ser avaliados segundo as suas tradições e preceitos. No mundo em que as mulheres são objectos sexuais e nenhum vilão tem pontaria, Casino Royale é um óptimo filme.
Uma boa banda sonora, cenas de acção, muito jogo e duas das melhores actrizes que alguma cruzaram com Bond: Eva Green e Judy Dench. Eva Green é sem dúvida a melhor Bond Girl de sempre: a super cativante personagem do filme de Bertolucci, The Dreamers e a única conquista de Bond com que alguma vez me preocupei enquanto que Judy Dench é A Grande actriz britânica.
Resumindo e concluindo, Casino Royale traz-nos um Bond mais moderno que compensa em explosões e stunts perigosos no que falta em luxúria e erotismo. Eva Green, Daniel Craig, Judy Dench e Mads Mikkelsen formam um quarteto que electrifica uma saga que estava prestes a cair em desuso. Bom tema de Chris Cornell e boa direcção de Martin Campbell.