Lucy (2014)

Era uma tarefa aparentemente simples: Lucy (Scarlet Johansson)  tinha apenas que entregar uma mala ao nosso amigo coreano Mr. Jang. Obviamente o negócio não corre como previsto e a protagonista rapidamente se encontra no amâgo de uma operação de tráfico de droga. Um novo composto sintético, o CPH4, que ao ser exposto ao organismo causa mudanças inimagináveis ​​que aumentam o potencial cerebral.  Lucy toma controlo do Matrix!

Com os novos poderes que roçam o ridículo, Lucy transforma-se numa  guerreira implacável com intenção de se vingar dos seus captores e com ajuda do professor Norman (Morgan Freeman), a principal autoridade da mente humana, consegue encontrar um propósito para a sua nova vida.

A ciência está num lugar algures entre o implausível e o risível; apresentando uma filosofia imatura.

Parte filosófico-científico,  parte filme de ação, que vai do caos à pseudoreflexão num piscar de olhos e que cede ao modelo americano de perseguições a alta velocidade e de explosões CGI por completo.

É um pouco mais pensativo que a maioria dos filmes de ação, uma vez que apresenta um tema que no trailer parecia ser interessante – certamente não é um doce para os que procuram algo mais intelectual. Assim é melhor deixar o chapéu científico em casa. Se se insistir em ficar pendurado sobre a falsa ideia da capacidade mental da nossa amiga Lucy não irão conseguir desfrutar o filme que tem o potencial de, pelo menos, entreter.

Este é o primeiro rated R movie parcialmente filmado com câmeras IMAX e, por isso só, vale a pena ver no grande ecrã.

Numa entrevista ao noticiário da France 2, Luc Besson, disse que este projeto levou 10 anos a tornar-se uma realidade. Também, admitiu que sabia que alguns pressupostos científicos eram incorrectos, por exemplo, que os seres humanos usam apenas 10% do seu cérebro. No entanto, disse que essa premissa seria um ótimo começo para um filme de ficção científica.

Os atores são realmente de primeira classe: Scarlett Johansson, Morgan Freeman e Min-sik Choi criam personagens bem elaboradas, não sendo no caráter humano que o filme perde qualidade.

A belíssima Scarlett Johansson flui pelo filme sem esforço, unindo os plano narrativos e lógicos de Besson ao abraçar plenamente a personagem de Lucy retratando transformação psicológica da personagem. Após uma década de apresentações incertas, em papéis,  muitas vezes ingratos, é interessante novamente. Parece ter encontrado o seu nicho na ficção científica: Lucy de Luc Besson é o terceiro filme na mesma linha depois de Her e Under the Skin. Pode soar a infortúnio que para o papel principal Angelina Jolie fora substituída por Scarlett Johansson, mas parece que na verdade, foi provavelmente uma mais-valia.

Desde Nikita, Léon: The Professional e The Fifth Element, o realizador Luc Besson foi criando algumas das mais memoráveis ​​heroínas de ação da história do cinema. Agora é a vez de Scarlett no papel de Lucy.

Colherada Final

Summary

Nunca ninguém acusou o realizador francês Luc Besson de pensar muito, e este exercício frenético de pseudociência e metafísica é mais um exemplo da fraca qualidade do realizador. Lucy é um blockbuster que apela pelos atores envolvidos mas que carece no plot. Óptimo para ver em Imax com um grande balde de pipocas.

6/10

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