Destaques do Mês
  • The Conjuring 2 – A Evocação
  • Sugestão para Domingo à Tarde #36: Out of Africa (Sydney Pollack, 1985)
  • A Rainha do Deserto (Queen of the Desert, 2015)
Data
25 August 2016
Eggs-and-Winnie-09-25-14

Os Monstros das Caixas (The Boxtrolls, 2014)

Monstros em Caixas, um filme de animação stop motion em 3D, que acaba por se revelar extremamente cómico com um ocasional toque sombrio.

A história decorre numa cidade obcecada pelo seu queijo, sim, queijo. As grandes figuras de liderança, os Chapéus Brancos, são os únicos que oficialmente degustam quantidades e variedades enormes de queijo, portanto é este o tipo de comédia, algo ridícula, algo crítica, que esta obra oferece. Neste universo existe uma praga que assola a cidade – os Monstros em Caixas – pequenos trolls notívagos que se vestem com as caixas, o mais variadas possíveis, desde caixas de sardinhas até caixas de sapatos. Estes seres são conhecidos como larápios de tudo aquilo a que conseguem deitar a mão durante a noite e muitos são os medos da população acerca destas personagens. Aquilo que causa a ignição do filme é o desaparecimento de um bebé e do seu pai. Os rumores do envolvimento dos monstros neste desaparecimento causam o pânico na população ao ponto de ser necessário uma equipa de caçadores – algumas das personagens mais sombrias e cómicas simultaneamente – de monstros em caixas. Daqui para a frente a história segue o seu curso único.

O filme é bastante divertido, no entanto, nos pontos cómicos, parece ter havido dificuldade em encontrar um equilíbrio – a tendência para o exagero e cavalgar em cada piada até já não ser possível encontrar graça, é algo que vai sendo constante. A animação, dentro do estilo stop-motion, dá a sensação de ser diferente do que têm sido os filmes neste registo. Mantendo um visual que é claramente stop-motion há uma visibilidade e claridade que não são normalmente os elementos comuns mais presentes neste tipo de filmes, permitindo que o espectador se esqueça do que está a ver, algo que também acontece nos filmes não animados, em que as técnicas relacionadas com a produção/pós-produção do filme são entrelaçadas de tal forma que contribuem de forma única para o produto final superior, mas não saltam para o centro do palco como algo que o espectador não é capaz de se esquecer.

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