the-huntsman-winters-war-trailer-song-castle

O Caçador e a Rainha do Gelo (The Huntsman: Winter’s War, 2016)

Estreia esta quinta-feira O Caçador e a Rainha do Gelo, a sequela de A Branca de Neve e o Caçador, com dois pontos em comum entre ambos (e que salvam o filme): Charlize Theron (Ravenna) e Chris Hemsworth (O Caçador).

Se a primeira estória deixou algo a desejar, aqui temos só o penoso prolongar de uma narrativa que nada pedia para acrescentar.

Na presente obra, voltamos primeiro atrás no tempo para conhecer a irmã da Ravenna, Freya (Emily Blunt), que após a morte da sua irmã se torna rainha e abre uma espécie de creche, mas que em vez de leite, oferece “porrada”. O seu objetivo é formar um exército, e a sua única regra é que ninguém se apaixone.

Como em todos os casos, quando nos pedem para não pensar no urso branco, a primeira coisa que fazemos é enchermos-mos de pensamentos. Aqui, em vez de urso branco é a Jessica Chastain (Sara), e ao invés de pensamentos, são beijos com segundas intenções.

Para questões cómicas temos direito a dois, dos sete, anões: Nick Frost é Nion, e Rob Brydon é Gryff. Sendo que, se por acaso soltarem uma gargalhada ocasional, a culpa será deles – ou da interpretação terrível da nossa amiga Jessica.

O curioso desta tentativa desesperada de fazer dinheiro é que: a) o filme original não fez sucesso; e b) a Branca de Neve não aparece (Kristen Stewart).

Assim, que nos sobra? Pouco; mas foquemos os pontos positivos. Efetivamente, e talvez surpreendentemente, este segundo filme é melhor que o primeiro. Bons efeitos especiais, decentes cenas de ação, uma estória cativante q.b. e, apesar de não ser fã, a personagem de Emily Blunt dá aquele toque melodramático ideal para qualquer adolescente na fase menstrual.

Hollywood, assim como este texto, está a ficar sem ideias, e isso é preocupante. Agora os franchises não são só para os conceitos de sucesso. No fundo é quase como imaginar fazer um franchise de um restaurante falido. Faz-vos sentido?

ARTIGOS POPULARES