Sugestão para Domingo à Tarde #26: Focus (Glenn Ficarra, John Requa, 2015)

Lembrem-se: filmes de domingo à tarde não são os melhores de sempre. Depois de uma noite animada de convívio, quiçá com um ou (dez) mais copos de vinho, o que menos queremos é ver um filme “Nouvelle-Vaguiano” com planos fixos de mulheres loiras a fumar o seu “pensativo cigarro”.

Nada disso, queremos é fogo de artificio, ação e plot twists que têm tanto de memoráveis, quanto de previsíveis. Em resumo, como diria o bonacheirão Fernando Mendes, queremos “Espetáculo”. Focus é espetáculo. Previsível que dói, baseia-se em dois personagens para ser eficaz:

Nicky (Will Smith), um vigarista cool que, sabe-se lá bem como, nunca foi apanhado. O seu trabalho é enganar ricos, roubando-lhes objetos pessoais: relógios, carteiras, etc.

Por coincidência, o feitiço vira-se contra o feiticeiro e Nicky conhece Jess (a linda Margot Robbie), que o tenta (sem sucesso) enganar. Sendo que Nicky para além de charlatão, é engatatão e professor em Part-time, os dois juntam-se numa odisseia amorosa/ de ladroagem.

Infelizmente, não se pode confiar em Nicky e a coisa não se dá. Uns anos mais tarde, vemos Nicky a tentar dar o golpe ao Rodrigo Santoro (sim, esse), que aqui faz de italiano. Sendo que Jess também anda por lá (é uma “Race Skank”).

Ok, percebi o objetivo. Fazer com que o espectador não distinga a mentira da verdade, o que é golpe e o que é azar. Para isso, são orquestradas algumas cenas, desconchavadas, só para mostrar “ui, sou tão bom”. Previsível ou não, resulta! Tomem especial atenção à cena no estádio de Futebol Americano e contem-me quando perceberam o truque.

Depois, temos estilo, belas imagens de Itália, Las vegas, Margot Robbie de bikini e Will Smith em tronco nu.

O filme é sexy e tem fogo-de-artificio, sendo assim, ideal para curar a ressaca (desde que o volume não esteja muito alto).

Até para a semana!