silver linings playbook

Sugestão para Domingo à Tarde #22: Silver Linings Playbook (2012, David O. Russel)

Muitos estranharam em Fevereiro de 2013 ver uma comédia entre os nomeados da Academia para Melhor Filme – mas isto não é uma comédia qualquer.

1º – Tem a J. Law, que com apenas 25 anos já estabeleceu o estatuto de actriz de excelência. Talvez o mundo tenha de acalmar um bocadinho a pipoca e parar de a nomear sempre que respira, mas o seu talento é indiscutível e o papel de jovem autónoma, tendencialmente neurótica e um pouco excêntrica assenta-lhe como uma luva

2º Tem a J. Law com o Bradley Cooper – já contam com 4 filmes juntos e este foi o primeiro. A química foi tal que se lhe seguiram American Hustle, Serena e Joy, nos 3 anos seguintes.

3º Tem o gritante toque de loucura de David O. Russell

O Pat (Cooper) e a Tiffany (Lawrence) são loucos. O Pat vive com os pais porque a mulher deu o fora, a Tiffany vive na garagem dos pais porque o marido deu outro tipo de fora. O Pat e a Tiffany são muito loucos mas tornam-se amigos.

O filme centra-se nesta amizade, que começa depois da saída de Pat do hospital psiquiátrico e se desenvolve enquanto treinam para uma competição de dança em que Tiffany quer participar. O enredo é original sem ser complicado, a riqueza do filme está no encanto das personagens – foi isso que levou uma simples comédia a todas as cerimónias de prémios e que valeu a Jennifer Lawrence o seu primeiro Óscar. São duas horas com um ritmo acelerado de diálogos excêntricos, de Robert DeNiro com OCD e de protagonistas desregulados mas enternecedores.

Silver Linings Playbook é genuíno porque não tenta vender a ideia de que ser louco é bom ou divertido e que, pelo contrário, pode trazer muito sofrimento; mas é bonito porque mostra que apesar de tudo isso pode haver um final feliz.

Até para a semana!

 

 

ARTIGOS POPULARES