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Stage Fright (2014) – MOTELx

Assistir à Sessão de Encerramento do Motel X é sempre muito bom. Não só porque é costume exibirem uma comédia de terror mas também porque a sala se encontra sempre cheia. São os ingredientes perfeitos para criar um ambiente de cumplicidade entre público e tela onde pela sala ressoam gargalhadas e palmas contagiantes que ocorrem nos momentos mais divertidos e surpreendentes do filme em exibição.

Stage Fright decorre num Acampamento de Verão de Teatro Musical para adolescentes, cuja peça a ser adaptada pela petizada é The Haunting of the Opera (uma clara alusão ao Fantasma da Ópera). A peça encontra-se amaldiçoada pelo esquartejamento da estrela principal na noite de estreia, 10 anos antes, pelas mãos de um assassino mascarado de vilão da mesma. A estrela principal era a mãe de Camilla, membro do Staff de Cozinha do Acampamento, que contempla a sua oportunidade de largar as panelas e tachos, participando na audição para representar o último papel da mãe. Obviamente o assassino anda à solta no Acampamento – há que dar azo ao sangue e tripas.

tripa

Aqui é só sangue, as tripas surgem mais à frente no filme.

O filme segue o formato de musical roqueiro com mortes sangrentas à mistura. Quem não gosta de musicais e deseja a morte das personagens cantantes, vai se sentir muito satisfeito. Conta também com a presença de Meat Loaf, o cantor de Rock épico foleiro, mais conhecido por interpretar o papel de gordo mamalhudo em Fight Club, cuja carreira musical ofereceu ao mundo hits como “I Would do Anything for Love (But I Won’t do That)”. Meat Loaf não é estranho a musicais roqueiros, tendo também participado em The Rocky Horror Picture Show e Tenacious D The Pick of Destiny.

Se os restantes atores escolhidos tivessem um aspeto menos genérico e as músicas do filme fossem um pouco mais memoráveis, podíamos estar na presença de um filme de culto. Ainda assim, o filme tem muito bons momentos, especialmente quando o assassino toma conta da componente musical.

Assim, Stage Fright é extremamente aconselhável para quem não gosta de musicais. Possui uma narrativa algo previsível que faz justiça à premissa. Momentos em que risos soltar-se-ão facilmente não serão difíceis de encontrar, mas existe a sensação que podia ser bastante melhor.

Uma boa escolha para encerrar o festival que já conta com 8 edições, sempre com uma programação muito diversa.

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