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A Teoria de Tudo (Theory of Everything, 2014)

Há pessoas excecionais. The Theory of Everything conta-nos a história de uma delas: Stephen Hawking é um dos cientistas mais relevantes da atualidade, tendo dado contributos incomparáveis à Física e à Astronomia; é também um homem a quem aos 21 anos foi diagnosticada Esclerose Lateral Amiotrófica, uma doença neurodegenerativa sem cura, com uma esperança de vida de 2 anos, que o condenou a perder o controlo dos músculos, apesar de se manter absolutamente lúcido.

Excecionais são “aqueles que por obras valerosas se vão da lei da Morte libertando”. E aqueles que os apoiam? The Theory of Everything é também a jornada de Jane Hawking, a (super) mulher que esteve ao lado de Stephen durante mais de 30 anos; não é fácil ser o alicerce do génio. O filme baseia-se na sua autobiografia, Viagem ao Infinito, que explora o lado mais difícil desta história.

Eddie Redmayne faz o papel de uma vida – é o aspeto mais evidente do filme. Felicity Jones também está irrepreensível como Jane, despertando a compaixão de qualquer um. James Marsh consegue em 2 horas manter o equilíbrio entre as relações interpessoais e as complexas lutas interiores dos dois protagonistas – o físico brilhante preso num corpo que não o acompanha e a artista que se casou com ele sem saber que dois anos seriam 30, seriam uma vida.

É um filme triste, mas bonito. Não tenta iludir ninguém: o amor não é tudo e não é para sempre, mas se for verdadeiro fica sempre algo do que se construiu; a vida não é fácil, mas se alguém consegue escrever livros com um sintetizador de voz e revolucionar a Física mesmo com a Biologia contra si, tudo é possível.

“There should be no boundaries to human endeavor. We are all different. However bad life may seem, there is always something you can do, and succeed at. While there’s life, there is hope”

Colherada Final

Veredito

Eddie Redmayne foi louvado pelo próprio Stephen Hawking, está simplesmente genial.
The Theory of Everything não é um filme para nos sentirmos bem, mas sim deslumbrados e conscientes de que a construção e a destruição andam sempre juntas.

8/10

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