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Taken 3 (2014)

Por vezes entrar com expectativas excessivamente baixas minam a capacidade de discernimento e provocam o efeito das profecias auto-confirmatórias; se, à partida, já achamos que vamos ver algo mau, efetivamente vamos acabar com essa sensação. Dito isto. Taken 3, é mau!

Quando em 2008 o primeiro Taken, pelas mãos de Luc Besson, estoira nos cinemas e torna Liam Neeson numa espécie de James Bond, já se imaginava que poderia dar sequela. Atualmente transformou-se em trilogia, o que significa que já existem dois filmes a mais do que o necessário, e que não acrescentam absolutamente nada.

Neste terceiro capítulo adiciona-se o fator “morte” de um dos personagens importantes, para criar a ideia que a história pode ter contornos diferentes. Não só não tem, como obviamente, há sempre espaço para um ou outro rapto – não se chamasse o filme Taken.

Ao elenco, já de si bom, acrescentou-se Forest Whitaker que, a bem da verdade, quase não tem papel, sendo mais um exemplo que um bom ator sem papel, é apenas um bibelô e, no caso do Forest, nem se quer é um bibelô propriamente bonito.

Do polo positivo, as cenas de ação continuam bem coreografas, o que pode significar que iremos ver Liam Neeson neste papel até aos 70 anos, ou até que finalmente alguém lhe leve a melhor (neste caso a artrite).

De resto, é apenas um filme de ação medianamente conseguido que serviria para um domingo em casa, mas que não merece a ida a um cinema. Difícil será conseguir prestar atenção durante o filme todo, onde, quase desde o início, já se percebe o que irá acontecer, perdendo todo o fator surpresa.

Agora venha o Taken 4, que ainda falta raptar gente.

Colherada Final

Veredito

Se não fosse uma sequela, seria um filme de ação mediano. Assim, é só um desperdício a tentar fazer render o peixe. Pobre Liam Neeson que ainda não percebeu que a idade não perdoa!

4/10