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Um Ano muito Violento (A Most Violent Year, 2014)

Estamos naquela época do ano em que todas as semanas saem novos filmes nomeados para os Óscares. Com tantos nomeados que valem a pena serem vistos, Um Ano Muito Violento corre o risco de ser ignorado em prol de outros mais comentados. Esperemos que isso não aconteça.

A história passa-se em Nova Iorque em 1981, estatisticamente um dos anos mais violentos na história da cidade. Abel Morales (Oscar Isaac) é um imigrante a tentar expandir os seus negócios, enquanto a violência extrema, a decadência e a corrupção ameaçam destruir tudo o que construiu.

 Apesar de uma história interessante e de uma realização eficiente, o real foco deste filme encontra-se nas interpretações. Jessica Chastain reafirma-se como atriz de  consistência inabalável no papel de mulher de Abel. Oscar Isaac também impressiona, jogando com a restrição necessária para dar vida a Abel, uma pessoa contida tanto na vida pessoal como profissional. Acima de tudo, é  interessante apreciar a qualidade de atores ainda em ascensão – daqui a um ano Oscar Isaac terá atingido o estrelato, graças à sua participação no novo filme do Star Wars.

 Outro elemento fundamental para a concretização desde filme é Bradford Young, responsável pela fotografia. Tanto o seu trabalho aqui como no também louvável Selma foi injustamente ignorado pela  Academia. Sem o seu contributo seria difícil conseguir uma atmosfera que recordasse tanto os filmes de máfia dos anos 80, o que claramente era o objetivo do realizador J. C. Chandor.

Colherada Final

Veredito

O enredo desenrola-se de forma propositadamente lenta, permitindo ao espectador apreciar ao máximo o talento dos atores e a qualidade da fotografia e da banda sonora. Um filme que prova que a Academia não tem a palavra final sobre os melhores do ano no mundo do cinema.

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