snow_minions-HD

Mínimos (Minions, 2015)

Podemos discutir longamente o mérito artístico da saga Despicable Me, mas que tem sido um sucesso de bilheteira, isso é inegável. O primeiro filme, remonta a Outubro de 2010, tendo ficado em cartaz por volta de 3 meses. A sequela, de 2013 já reflectiu o sucesso do antecessor, estreando em Junho, em plena época alta, mantendo-se em cartaz por volta de meio ano.

Em termos de imagem e conteúdo os filmes do narigudo maldisposto e dos seus companheiros amarelos não se podem comparar com as animações da Pixar, no entanto conseguiram concentrar neles dois ingredientes em comum com os dos grandes estúdios: o êxito de Pharrel Williams, Happy (que se tornou na música com mais downloads da história britânica), na banda sonora e a multidão de pequenos seguidores amarelos e cilíndricos, dotados de uma linguagem dúbia que mistura o inglês, o espanhol, o francês e italiano e o português– os minions.

minions-filme

O sucesso destas criaturas desencadeou o aparecimento deste spin-off  entre o segundo e terceiro filme de Gru: O Maldisposto. O filme protagonizado apenas pelos nossos amigos amarelos (não, não os Simpsons) é uma óptima decisão de mercado, aliás, já no passado ano, a saga Madagáscar tomou também uma decisão neste sentido, com um filme sobre os seus co-protagonistas – Os Pinguins de Madagáscar.

(Aqui ficam com o primeiro trailer mas não se esquecem de ver o segundo e o terceiro aqui e aqui respectivamente)

Minions. Já habitam a terra desde os primórdios do tempos. Desde seres aquáticos simples em tempos remotos (e sem atmosfera), onde perseguiam o maior e mais cruel dos peixes, até colonização dos continentes, onde o maior dos dinossauros era o seu líder. Estes pequenos e trapalhões amigos têm como objectivo satisfazer o maior vilão que encontrarem. Ao longo da história, o que se tem revelado mais difícil de fazer não é encontrar o chefe, o mais difícil é fazê-los ficar.

Após terem sido escorraçados da sociedade e verem-se obrigados a criar o seu reino na neve longe de tudo e todos, a tristeza assola-se neles – a vida sem um vilão para seguir não faz sentido. Para recuperar a energia tradicional dos minions, Kevin, Bob e Stuart saem em procura do pior e mais maquiavélico ser existente. Obviamente que só a podiam ir para à California, para assistir à grande convenção internacional de vilões – Villaincon.

Scarlett Overkill (Sandra Bullock) – a nº1 do mundo dos vilões –  acolhe o trio como os seus novos enchemen. A sua primeira missão como seus súbditos é tornar realidade o sonho de infância de Scarlett ao ajuda-lá a conquistar a Inglaterra ao roubar a coroa da rainha.

044ws5rgmXFx

Embora a presença destes pequenos seres amarelos seja hilariante em pequenas curtas, uma hora e meia de palhaçada com dialecto estranho torna-se um bocado excessivo e entediante. O filme tem gags engraçadas que potenciam diversas gargalhadas no entanto aconselha-se a visualização de minions em doses menores. Especialmente no momento em que a Pixar lança o Inside Out (Divertidamente) compreende-se perfeitamente a diferença entre um filme de animação só para crianças e um que demonstra alcançar algo mais.

O filme não desilude uma vez que também não promete ser profundo e introspectivo. É uma hora e meia divertida e que para fãs de minions pode ser uma delícia; para aqueles que não os adoram tão loucamente, o excesso pode ser desconfortável. Em última análise é o filme ideal para levar os filhos, ou sobrinhos, ou primos mais novos, também divertindo o adulto macambúzio.

 

 

ARTIGOS POPULARES