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Capitão América: Guerra Civil (Captain America: Civil War. 2016)

Este é talvez o melhor filme da Marvel até à Data. Nesta obra, a Extravagância dos efeitos especiais e das cenas de ação encontram, no meio da loucura, uma surpreendente dose de coerência e de realidade.

Raramente emoções e filmes de super-heróis se misturam. Emoções e realismo são coisas de outros voos. Aliás, basta ver os antecessores deste Capitão América para perceber que, para além da falta de carisma do capitão, os filmes se bastavam a ser pólvora seca, mas muito cara.

Aqui, onde Capitão América (Chris Evans) é personagem central, a Marvel traz-nos muito mais que uma simples história de super-heróis.

À Semelhança da trilogia de Batman, pelas mãos de Nolan, este Capitão América, concentra as suas forças em esbater as fronteiras entre o certo e o errado.

Às tantas deparamo-nos com super-heróis a combater super-heróis, e ambos os lados com razões muito válidas. Sendo que, as confusões dos personagens são as mesmas indecisões que pairam na nossa cabeça.

E finalmente um filme de super-heróis nos traz uma história coerente: Zemo, é um ex espião, cujas razões desconhecemos, e cujo objectivo apenas podemos tentar adivinhar (até bem perto do fim). Sendo ele o denominado “vilão”, quase que não temos tempo para odiá-lo.

Escolher Daniel Brühl para este papel de antagonista (mas não de super-vilão), é igualmente uma prova de inteligência.

Simultanemaente, a salganhada de super-heróis, estranhamente resulta. Maior foco no Capitão América e no Iron Man (inteligentemente), deixando os outros a secundarizar e a brilhar nas cenas de ação (e aqui dá-se o gáudio para qualquer nerd). Ant-Man, Spider-Man, Hawk, um verdadeiro desfile de “porrada”, mas com sentido.

Destaque para Tom Hollan e o seu surpreendentemente bom (no mínimo) Spider-man. A buscar a essência à BD (onde efetivamente o Spider-man é adolescente), este aranhiço nada tem que ver com o Tobey Maguire, ou o Andrew Garfield.

Não escondendo que a história é das coisas que mais agrada, indubitavelmente temos de referir os efeitos especiais e as coreografias, bastante inventivas. Aqui consegue-se fugir ao cliché das batalhas e tudo se conjuga. Sonoplastia, fotografia, realização, coreografia, tudo é absolutamente megalómano, e ainda que não necessário, é desejável neste filme.

Para aqueles que têm ficado desiludido com os últimos filmes de super-heróis – especialmente o Batman V. Superman – este fará vos mudar de ideias.

Quem diria, plot twist, visual, história, duração. A sensação que se tem no final é que o tempo passou como um Flash (se bem que o Flash é da DC e não da Marvel).

Quem também passou como um Flash é o nosso amigo Stan Lee que, obviamente, dá uma perninha (idosa) ao filme.

PS – Obviamente o Universo Marvel vai continuar prolífico, e em 2017 teremos um novo Spider-Man (este) e, ao ver esta obra, a curiosidade foi despertada.

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