Sharknado 3: Oh Hell No! (2015)
Em 2013, com o lançamento do primeiro capítulo da saga do SciFi, poucos avizinhavam o que se iria passar. Um filme cuja premissa incluía uma tempestade de tubarões assassinos estava longe de ser sinónimo de êxito. No entanto, tendo em conta que não existem fórmulas de sucesso, atores com a carreira quase acabada, em conjunto com efeitos especiais saídos do paint, e uma serra elétrica, levaram as pessoas a olhar duas vezes para o filme.
Apercebendo-se do impacto causado, estavam as bases lançadas para uma dose extra de sharknados, cada vez mais esfomeados, e a alastrarem-se por toda a américa. Depois de um claro inferior segundo capítulo (se é que se pode comparar qualitativamente um filme destes), surge agora Sharknado 3: Oh Hell No, e é mesmo caso para dizer “Oh Hell No!”.
O efeito surpresa causado pela primeira estapafúrdia obra traz-nos agora mais do mesmo, mas em doses extra-deploráveis.
Receita: Arranjem uma série de atores cujas carreiras são tão fidedignas quanto tubarões voadores – Frankie Muniz (A vida é Injusta), Tara Reid (American Pie), David Hasselhoff (Baywatch), Bo Derek (a voluptuosa atriz da década de 80, agora avó) – e adicionem todos ao plot já conhecido. Adicionalmente, matem George R. R. Martin, e acrescentem cameos de famosos – o melhor é mesmo Mark Cuban (Shark Tank) a proferir as palavras “They used to call me shark”; e voilá, mexam tudo e têm um aglomerado de bosta a sair.
Trash é algo que, a priori, já sabemos que é mau, mas esse grau de desdém qualitativo é tão genuíno que nos agarra. Por outro lado, Sharknado 3, é veículo para uma power nap fortíssima, depois de almoço. Vão estar acordados no início, com Mark Cuban, e quase no fim quando surge Hasselhoff – afinal de contas, estamos sempre à espera que o Kitt o vá buscar.
Estamos na condição de adiantar que muita morte estupida irá suceder, mas com uma taxa de sucesso cómico bastante inferior ao primeiro capítulo. Falta o efeito surpresa.
Para um próximo filme da franquia, o spoon sugere que, para além de tubarões tornado, surjam golfinhos maremoto, para ajudar à festa, e falta a Pamela Anderson, e uma Pornstar a fazer de presidente dos EUA – se calhar não devia ter exposto a minha ideia aqui, sinto que alguém a irá usar.
O filme estreou a semana passada em Portugal e pode ser visto no SciFi.