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Tempo Limite (Term Life, 2016)

Nós sabemos que o filme é mau quando, no póster, vemos Vince Vaugh com aquele cabelo (para além de) ridículo. Aliás, nós sabemos que o filme é mau quando vemos Vince Vaugh com uma pistola na mão. Ou melhor, nós sabemos que a obra é má, quando é Vince Vaugh que aparece no póster. E quem se lixa é o mexilhão, ou neste caso – a coprotagonista Hailee Steinfeld.

A história é simples: Ao estilo do filme “The Sting” (1973), mas sem Paul Newman ou Robert Redford, Vince Vaugh é perito em planear golpes. No entanto, um desses golpes corre mal e, de repente, sem saber muito bem porquê, é perseguido por polícias corruptos, barões de droga, e mais uns quantos gandins da sociedade.

Problema: A história que, inicialmente até tem alguma piada e interesse – até o próprio Vince goza com o seu cabelo – acaba por se tornar um thriller de domingo à tarde. Imaginem o Steven Seagal (atual) a fazer stand-up comedy, e sem treino em artes marciais. Agora, arranjem-lhe um argumento decente, mas para o qual ele não tem perfil. Para finalizar, porque estragar uma vida não basta, deem-lhe uma estrela júnior em ascensão em Hollywood.

Bum! Tempo Limite – o filme que não é terrível, mas que se limita a ser sofrível, com alguns apontamentos cómicos interessantes, principalmente na interação pai-filha (sim, o Vince faz de pai da Hailee).

Por isso, nem tudo foi mau. Com as limitações de Vince Vaugh, algumas das cenas de ação até têm dinamismo e são bem coreografadas, perdem é toda a credibilidade devido ao protagonista (que parece sempre cansado). Certo é que esta obra acaba por ser uma confusão, e não se percebe onde se quer posicionar. Quer ser comédia, mas o foco é a ação; ou quer ser ação, mas abusa na comédia. Decidam por vocês

PS – Não disse o nome dos personagens porque, ao fim de dois dias, quase todo o filme me voou do pensamento, apenas ficou a sensação que “ainda bem que não fui ver isto ao cinema”.

 

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