Destaques do Mês
  • The Conjuring 2 – A Evocação
  • Sugestão para Domingo à Tarde #36: Out of Africa (Sydney Pollack, 1985)
  • A Rainha do Deserto (Queen of the Desert, 2015)
Data
25 August 2016
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Entrevista com Anabela Moreira – Cortex 2015

Em dia do início do festival Cortex, a bela atriz Anabela Moreira (Sangue do Meu Sangue, Filhos do Rock, Mal Nascida), que irá dar a Masterclass “A Individualidade da Interpretação” em conjunto com o realizador João Canijo, teve a amabilidade de responder a algumas breves questões da colher. O resultado foi esta entrevista.

Nuno Pereira – Que expectativas é que tem para a Materclass: “A Individualidade da Interpretação” que irá dar em conjunto com João Canijo? Em que é que irá consistir?

Anabela Moreira – Esta Masterclass é a oportunidade perfeita para profissionais e curiosos poderem entrar em contacto com um método de trabalho muito “canijiano” com atores que nega a sua Direção no sentido clássico do termo. Assenta na sua experiência pessoal, profissional e académica. A oportunidade de eu poder fazer parte desta partilha de experiências é um privilégio para mim. É na verdade o Método de uma Não Direção onde as ferramentas utilizadas são a especificidade do ser do ator. Dessa especificidade ou individualidade nasce todo o trabalho.

NP – Qual é o seu método de preparação para interpretar um personagem?

AM – Não tenho nenhum método definido. Tenho tido oportunidade de me aproximar em alguns projetos das condições ideais para a criação.

 NP – Tem acompanhado a evolução do Cortex? O que acha que este festival acrescenta em relação a outros?

AM – Acompanhei o Córtex desde o seu nascimento. Tenho muito orgulho nesta criação do Michel Simeão e do José Chaíça. Acompanhei os seus esforços iniciais para que estivéssemos a viver hoje a quinta edição. Os Festivais não tem que ser especiais em relação aos outros. Têm que ser únicos através da mão dos seus criadores. Acredito na missão e valor do Córtex. Oportunidade perfeita para vibrar com o cinema.

 NP – Com toda essa experiência de trabalho com o João Canijo, não sente vontade de experimentar a realização? Porquê?

AM – Na verdade experimentei a realização pela mão João Canijo num projeto que ainda está em pós-produção.

 NP – Recentemente podemos vê-la na TV, na série Filhos do Rock. O que é que a faz aceitar projectos na TV? Imagina-se a protagonizar uma Telenovela de longa duração?

AM – Trabalhar nos Filhos do Rock foi a oportunidade perfeita para trabalhar com pessoas que gosto muito como é o caso do Pedro Varela, realizador da série. Eu e televisão temos tudo um namoro difícil, digamos assim. Eu entusiasmo-me com os projetos e pessoas envolvidas e não pelos meios deste.

Aqui, a bela Anabela com o elenco de Os Filhos do Rock

Aqui, a bela Anabela com o elenco de Os Filhos do Rock

 NP – Consegue retirar da sua prolífica carreira, um projecto que a tenha marcado mais? Porquê?

AM – O Mal Nascida pelas condições de rodagem. Foi um processo duro. Guardo comigo as experiências de estágio em Boticas como uma segunda vida que tive.

NP – Sempre sonhou em ser actriz? Alguma vez teve a ambição de ir para a América e procurar ser uma actriz em Hollywood?

AM – Antes de saber sequer que existia a profissão de ator queria ser tudo. Experimentar tudo. Depois de saber o que era um ator nunca mais pensei em ser outra coisa. O sonho americano ou a internacionalização passam-me pela cabeça. O tempo também passa.

 NP – Quais são os seus projectos para o futuro a curto, médio e longo prazo?

AM – Tenho tantos projetos que nem saberia por onde começar. Tenho neste momento muitas coisas entusiasmastes à minha espera. Como atriz, realizadora e directora do Teatro Turim.