Destaques do Mês
  • The Conjuring 2 – A Evocação
  • Sugestão para Domingo à Tarde #36: Out of Africa (Sydney Pollack, 1985)
  • A Rainha do Deserto (Queen of the Desert, 2015)
Data
10 August 2016
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Agentes Improváveis (American Ultra, 2015)

A comédia de ganzados compreendo hoje em dia um longo e completo reportório. Os filmes de espionagem de super-agente absortos contempla também um vasto reportório. Assim, nestes dias de reboots, mash-ups e remixs, porque não juntar os dois géneros? American Ultra é a resposta a essa pergunta, aliás seria, se o filme eventualmente fosse bom.

Na verdade, este mash-up é a descrição perfeita do guião de Max Landis, realizado por Nima Nourizadeh: Jesse Eisenberg é Mike Howell, um drogado sem consciência de que é na verdade o resultado de um programa secreto do governo para criar super agentes. Se este tomar controlo das suas capacidades é capaz de matar todo e qualquer pessoal até com uma colher. Todavia tudo o que o Mike sabe é que ama a sua namorada, Phoebe Larson (Kristen Stewart) e que fará tudo para a fazer feliz. Infelizmente, a sua personalidade carcomida só o deixa estragar a relação (desde 2009 que estes dois não se largam: AdventurelandNight Moves, e já estão confirmados como casal para o novo filme de 2016 de Woody Allen).

Adventureland

Still a better lovestory than Twilight

Contudo, nem tudo na vida de Mike gira em volta da namorada, aliás, como se constata, existe no governo uma operação massiva, liderada por Adrian Yates (Topher Grace), com a finalidade de ver o protagonista morto.

Graças a Victoria Lasseter (Connie Britton), os poderes da personagem de Eisenberg vêm ao de cima. Com as suas habilidades de autodefesa, Mike rapidamente desmantela esta operação repleta de loucos assassinos – entre os quais é de realçar Laugher (Walton Goggins).

American Ultra era um filme de acção-comédia que apresentava imenso potencial. Ao contrário do que se achava vai de cara ao chão à velocidade da luz. Para além das primeiras cenas de acção bastante criativas, o filme desmorona-se. A incredulidade que Mike demonstra sempre depois usar as suas new found skills perde a graça muito rápido e a dupla principal, embora apresente alguma química (química oriunda de os dois gostarem de fazer filmes juntos) perde muito com a representação medíocre de Kristen Stewart.

Muito barulho e asneiras (demasiadas) enfiadas em todas (mas provavelmente todas) as frases fazem o filme soar forçado e sem grande graça (continuo a achar que piadas sobre flatulência são melhores que humor de linguagem de sarjeta).

Todo o filme é contado num flashback. A partir da cena inicial dá-se um rewind, que embora emane algum cenário, spoila uma parte considerável do filme. Assim, quando o espectador vir certo local ou objecto já sabe o que é que vai acontecer.

Além disso, todo o argumento envolvendo o porquê de Yates querer tanto matar Mike ao ponto de criar uma operação que mata exponencialmente mais gente do que mataria em vez do deixar em paz parece absurdo. Uma realização descuidada com algumas falhas (umas mais irrelevantes, como por exemplo mismatch de adereços e outras mais sérias) que irá dar bom material ao pessoal do Cinema Sins.

O filme apresenta uma impressionante selecção de elenco secundário como Walton Goggins, Connie Britton, Tony Hale, John Leguizamo e Bill Pullman que mesmo assim não ajuda. American Ultra estreia nos cinemas (onde não é permitido nenhum tipo de fumo) dia 3 de setembro.

 

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